Deficientes físicos e as vias de acesso a
locais públicos.
Andamos pelas ruas e
calçadas e muitas vezes não percebemos que estas são cheias de buracos e
desnivelações, assim como nem vemos que não há acesso próprio para subir com
cadeiras de rodas (ou até mesmo com carrinhos de bebês).
Mas isso não se adere aos
cadeirantes, que muito sofrem pela falta de acesso a estes espaços. É difícil se
deslocar de um lado a outro da rua, por exemplo, sem precisar de auxilio, assim
como se locomover pelas calçadas das cidades brasileiras é quase impossível
para cadeirantes que não tem ajuda de alguém.
Falo isso, pois resido em um
espaço interno de uma universidade e percebe-se que há muita falta de
consideração para com deficientes nestes recintos. Primeiro, pois não há
acessibilidade nem para locomoção entre blocos e apartamentos, muito menos nas
calçadas. Segundo, a deslocação de um cadeirante de seu apartamento até o seu
centro de ensino se torna uma luta diária, pois além das calçadas serem
elevadas e com muretas que dificultam o acesso, estas ainda são cheias de
buracos.
Para que uma pessoa com deficiência,
principalmente física, possa estudar é necessário que sempre haja alguém para
ajudar na locomoção, sem contar ainda que há descaso até na acessibilidade com
transporte público, se um cadeirante quer pegar um ônibus tem que ficar horas
aguardando até que passe um com elevador.
Cadê as ‘autoridades’
eleitas nestas horas (que, por sinal, fizeram muitas promessas de modificações
durante a candidatura)? Estão lá, sentadas em suas poltronas confortáveis,
pensando em que maravilhas irão comer no jantar, e o povo que precisa de ajuda
tem que aprender a viver com este descaso, já que nem protestando isto muda.
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